Hoje venho falar sobre um tema que há muito me interessa: a Comunicação Empática e a Educação Emocional.

Pessoalmente, sou da opinião de que a Educação Emocional deveria fazer parte dos curriculos escolares e universitários. Isso evitaria o aparecimento e sofrimento de tantos “Jokers” na nossa sociedade e de outros personagens em volta dele “aparentemente normais”, que também sofrem e/ou fazem sofrer.

Quem me conhece sabe que acredito nos mundos invisíveis. Não porque tenho fé, mas sim porque tenho uma sensibilidade desenvolvida e sinto-os.

Não é uma escolha entre Ciência ou Essência, Físico ou Espírito, Microcosmo ou Macrocosmo. Os dois são faces duma mesma moeda. E esta visão global, este entendimento, é talvez o que nos possa unir enquanto Humanidade. Em vez de “Quero que sejas como eu, ou quero que sejas como eu quero”, sentirmos, “Tu não és como eu, e eu não preciso de te corrigir.”

Somos um microcosmo e quando entedemos o que se passa lá fora, entendemos o que se passa dentro de nós. E o que se passa dentro de nós, reflete-se no nosso exterior. Há uma frase que gosto, que diz, “Não temos uma alma: nós somos uma alma. O que nós temos é um corpo.”

No nosso microcosmo habitam vários corpos, o material/físico – o mais evidente, porque é palpável – o mental, o espiritual e o emocional. Eles servem-nos diferentes propósitos e em diferentes momentos da nossa vida. Estamos habituados e educados para usar maioritariamente um ou dois deles, fazendo com que esses estejam sempre na linha da frente, mesmo quando há a necesisidade de serem outros a intervir.

Conseguir fazer a distinção entre Sentimentos e Necessidades significa ter um entendimento do nosso Corpo Emocional: primeiro, indentificar o que estamos a sentir (é raiva, medo, culpa, alívio, tristeza, frustração, irritação, desassossego, paz?) e, depois, descodificar a mensagem desse sentimento.

Sou uma apaixonada por Comunicação, e uma emoção é o quê? É precisamente uma informação. Algo que o nosso corpo está a comunicar. Esta é uma peça fundamental do puzzle. E dessa informação vem um impulso para agir, um tipo de energia.

A capacidade de nos expressarmos sem usar julgamentos de “bom” ou “mau”, do que está certo ou errado, pondo a ênfase nos sentimentos, observações e necessidades em vez de críticas, juízos de valor ou opiniões, fazendo pedidos ao outro em vez de exigências e/ou ameaças, é fundamental para criarmos pontes de compaixão, amor e empatia. E como fazemos isso? As palavras têm o poder e a capacidade para tornarem-se janelas ou paredes. Tudo depende da nossa consciência e abertura para aprender a comunicar de forma empática.

O pai da Comunicação Empática, ou também chamada de Comunicação Não Violenta, foi o psicólogo clínico, Marshall Rosenberg (faleceu em Fevereiro de 2015) e foi vítima de bullying atrós quando criança.

Foi nessa altura que começou a questionar e a estudar os fatores que nos mantém conectados à compaixão. Nada nos acontece por acaso e aquela terrível experiência abriu portas à temática de trabalho à qual se dedicou durante toda a sua vida.

Este é um longo estudo, ao qual me dedico presentemente, com a intenção de aprender mais e mais e de dar formações e workshops, porque acredito plenamente na sua eficácia e na sua proposta de resposta aos problemas que enfrentamos enquanto seres sociais. Neste artigo vou resumir aquilo que me parece ser o mais importante:

Os sentimentos, dividem-se em 2 tipos – os que sentimos quando as nossas necessidades estão a ser atendidas (agradáveis) e os que sentimos quando as nossas necessidades não estão a ser atendidas (desagradáveis).

Não há sentimentos bons ou maus. Há sentimentos, ponto. Que podem ser agradáveis ou desagradáveis e que podem criar dano, quer ao próprio quer ao outro, se não forem bem geridos. Cada sentimento e emoção tem uma função e todos somos responsáveis pelo nosso crescimento e desenvolvimento pessoal.

Quando as minhas necessidades estão a ser atendidas, posso sentir-me confortável, confiante, energética, alegre, grata, esperançosa, entusiasmada, tranquila, etc.

Quando as minhas necessidades não estão a ser atendidas, posso sentir-me zangada, enraivecida, preocupada, confusa, desapontada, frustrada, irritada, nervosa, triste, etc.

Que nos diz, então, a Alegria? A Alegria diz-nos que estamos bem-dispostos, ou seja, que o que estamos a fazer está a zelar pelo nosso bem-estar. E quando é mal gerida? Podemos estar em negação, ou seja, em fuga ou escapismo vital.

E o Medo? Diz-nos que há uma necessidade de Proteção. Quando mal gerido, o medo pode provocar extrema ansiedade e insegurança e um bloqueio vital.

A Tristeza alerta-nos sempre para um perda. E quando mal gerida pode provovar depressão, solidão e vitimização.

A Raiva diz-nos que os nossos limites estão a ser ultrapassados, que estamos sob ameaça de alguma forma. Mal gerida, a raiva pode provocar ira, culpabilização e ressentimento.

A Aversão demonstra uma rejeição e diferença de valores. Quando mal regida pode provocar intolerância e violência.

Estas são só algumas emoções gerais e por aqui já vemos a quantidade de informação absolutamente essencial que o nosso Corpo Emocional nos transmite frequentemente.

Então, e o Amor?

É uma necessidade ou um sentimento?

Segundo a comunicação não-violenta ou empática, o Amor é uma necessidade. Todos temos necessidade de Amor e afeto e, quando recebemos amor podemos sentirmo-nos alegres, tranquilos, felizes, contentes, animados, relaxados, gratos, encantados, energéticos, otimistas, etc. Da mesma maneira que quando não o recebemos podemos sentirmo-nos deprimidos, apáticos, inquietos, tristes, desanimados, inseguros, etc.

Há tanto a dizer sobre este tema, como por exemplo as diferentes formas de lidar com as emoções com efeitos negativos a curto e médio prazo: negando a emoção, rejeitando a emoção ou sobrealimentando a emoção. Quando negamos a emoção, damos-lhe mais força, quando rejeitamos a emoção, ela transforma-se noutra, e quando sobrealimentamos a emoção, perdemos noção da realidade. Ainda há os efeitos a longo prazo, em que entra a Somatização – doenças que criamos em nós próprios por não sabermos gerir bem as nossas emoções.

E isto é um ponto fundamental e que me trás ao princípio do artigo: a Educação Emocional treina-se, aprende-se, pratica-se. Ninguém nasce ensinado, nem os filhos, nem os pais, nem os professores ou educadores.

O artigo já vai longo e eu tenho de terminar por hoje. 🙂

Se te interessa este tipo de temas e formações nesta área, entra em contacto via email para contact@elisadelima.com. Trabalho em português e em inglês. E tenho uma formação exatamente sobre este assunto, chamada: GAME SET MATCH – Comunicação Afectiva para Casais.

Com carinho,

Elisa.

Nem todas as estórias de amor dão para a vida.

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