Os Relacionamentos Românticos
e a Evolução Humana

A Mãe Natureza tem um plano para nós!

Não faz sentido para mim que ao nascermos sejamos uma “página em branco”.

Não acredito nisso, e a prova mais imediata é dois filhos dos mesmos pais, num mesmo ambiente e educação, demonstrarem já de bebés ou jovens crianças, personalidades diferentes. Ou seja, acredito muito mais que somos almas que têm corpos e não corpos que têm almas. Que sim, são únicas e influenciadas por todas as suas experiências e contextos culturais, familiares e sociais.

E o aspecto que sempre me fascinou por completo acerca do comportamento humano é a forma de cada um se relacionar com ele mesmo e com o outro diferente de si, com mais ou menos aspectos em comum.


“The Mating Game” e as descobertas duma antropóloga

Acima de tudo, o que me deslumbra é entender como cada um de nós se “movimenta” no grande tabuleiro do jogo das Relações Românticas, um jogo em que todos participamos (de forma mais consciente ou menos consciente), ao qual a antropóloga Helen Fisher chamou:

“The Mating Game”.

Ao ler os seus escritos e estudos de base científica, pude finalmente entender, aquela que é, na sua opinião (e que já era a minha, mas que se confirmou ao ler sobre as suas descobertas), a maior força do universo e das relações humanas: O Amor.

Uma força maior até que o impulso sexual. Podemos fazer muito sexo e, no entanto, sentirmo-nos infelizes. Mas ninguém se sente infeliz quando está apaixonado, com ou sem sexo, pelo contrário. E se esse amor não é correspondido, ou somos rejeitados, caímos na mais profunda depressão ou tornámo-nos nas bestas mais agressivas.

Podemos morrer de amor. De desgosto de amor. Por todo o planeta, vivemos por amor, cantamos por amor, damos a vida por amor, matamos por amor e morremos de amor. Já dizia o cantor Sabina, “amores que matam, nunca morrem.”

“O Amor é um vírus. Pode acontecer a qualquer pessoa, em qualquer idade.” – Maya Angelou

E eu, que me considero uma eterna estudante da vida, das pessoas e do Amor, observo uma e outra vez esse “vírus” a actuar exatamente assim, como ela diz, com todos e a qualquer momento.

E é de tal maneira assim que me parece incrível que só nos últimos dois séculos começámos a examinar cientificamente os nossos contextos sociais e as nossas mentes. Esta busca pelo entendimento de nós próprios, ou seja, o microcosmos, iniciou com a observação do macrocosmos: o sol, a lua, as estrelas, os astros, as plantas e os animais à nossa volta.

Quando chegamos à época Vitoriana, os livros de autores femininos e masculinos eram colocados em estantes diferentes. E só na década de 1950 foram feitos os primeiros estudos sobre a sexualidade Americana.

Portanto, estamos ainda no início deste desbravar de terreno no campo da vida amorosa e dos sexos, e para mim não há nada mais fascinante do que uma aventura para viver, um mistério para desvendar, e uma estória para contar, não à volta da fogueira como nos primórdios tempos humanos, mas sim à volta da nossas fogueiras modernas, ou seja, através dos meios de comunicação de hoje, que são vastos e comportam grandes plateias.

É o meu desejo que o meu contributo nesta área possa ajudar mais e mais pessoas a saberem quem realmente são, como amam e com quem construirem e viverem grandes amores.

Helen Fisher diz,

“Há magia no Amor…

Há milhões de anos, desenvolvemos três impulsos básicos: o amor sexual, o amor romântico e o apego a um parceiro de longa data. Esses circuitos estão profundamente enraizados no cérebro humano. Eles sobreviverão enquanto nossa espécie sobreviver, no que Shakespeare chamou de, a nossa odisseia mortal”.

Qual então, o plano da Mãe Natureza para nós Humanos?

Helen Fisher descobriu que os seres humanos se desenvolveram com diferentes características ao nível do seu sistema cerebral, para que pudessem assegurar a continuação e evolução da espécie humana.

Para tal, precisamos de nos atraírmos uns pelos outros e de fazermos bebés. De sonhar e ir em busca do desconhecido. Senão, estagnamos. Mas, também precisamos de criar raízes, assegurar a continuação dos costumes, cuidar do “ninho” e dos outros, e saber conviver em grupo, seja esse grupo família, comunidade, sociedade ou nação. E precisamos de eficácia e estruturas lógicas para combatermos as adversidades e chegarmos mais depressa ao progresso.


Com isso ela descobriu que existem 4 Tipo de Personalidade nos seres humanos, cada um desenhado pela Mãe Natureza para funções específicas. E essas formas diferentes de ser dependem das características químicas ao nível do cérebro, que por sua vez vão ditar não só a nossa forma de pensar e comportar, mas também, as nossas preferências e escolhas a nível de parceiros românticos.

O próximo artigo…

…será sobre o funcionamento do nosso Cérebro Romântico, aquele que nos faz desejar o Amor acima de qualquer outra coisa! E também, uma introdução aos 4 Tipos de Personalidade que Helen Fisher descobriu.


Com carinho e até já,

Elisa

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